terça-feira, 19 de novembro de 2013

Consciência negra no Brasil

No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
O quilombo era uma localidade situada na Serra da Barriga, onde escravos se refugiavam. Com o passar dos anos, chegou a atingir uma população de vinte mil habitantes, em razão do aumento das fugas dos escravos.
Os escravos serviam para fazer os trabalhos pesados que o homem branco não realizava, eles não tinham condições dignas de vida, eram maltratados, apanhavam, ficavam amarrados dia e noite em troncos, eram castigados, ficavam sem água e sem comida, suas casas eram as senzalas, onde dormiam no chão de terra batida.
Muitas pessoas eram contra essa forma de tratar os negros e várias tentativas aconteceram ao longo da história para defender seus direitos. Em 1871 a Lei do Ventre Livre libertou os filhos de escravos que ainda iriam nascer; em 1885 a Lei dos Sexagenários deu direito à liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.
Mas Princesa Isabel foi a responsável pela libertação dos escravos, quando assinou a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, dando-os direito de ir embora das fazendas em que trabalhavam ou de continuar morando com seus patrões, como empregados e não mais como escravos.
O dia da consciência negra é uma forma de lembrar o sofrimento dos negros ao longo da história, desde a época da colonização do Brasil, tentando garantir seus direitos sociais.
Hoje temos várias leis que defendem esses direitos, como a de cotas nas universidades, pois acredita-se que, em razão dos negros terem sido marginalizados após o período de escravidão, não conseguiram conquistar os mesmos espaços de trabalho que o homem branco.
Na época da escravidão os negros não tinham direito ao estudo ou a aprender outros tipos de trabalho que não fossem os braçais, ficando presos a esse tipo de tarefa.
Muitos deles, estando libertos, continuaram na mesma vida por não terem condições de se sustentar.
O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a sociedade. Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, além de discutir e trabalhar para conscientizar as pessoas da importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A Proclamação da República


A Proclamação da República Brasileira foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e, por conseguinte, pondo fim à soberania do imperador dom Pedro II. Foi, então, proclamada a República do Brasil.
A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país.
Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.


fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil

terça-feira, 5 de novembro de 2013

FÁBULA

As fábulas (do Latim fabula, significando "história, jogo, narrativa", literalmente "o que é dito") são uma aglomeração de composições literárias em que os personagens são animais que apresentam características humanas, tais como a fala, os costumes, etc. Estas histórias terminam com um ensinamento moral de caráter instrutivo. É um gênero muito versátil, pois permite diversas maneiras de se abordar determinado assunto.
A fábula é um gênero narrativo que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por Esopo, escravo que viveu no século V a.C., na Grécia. À Esopo foi atribuído um conjunto de grandes histórias, de caráter moral e alegórico, cujos papéis principais eram desenvolvidos por animais ou mitos. . Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de caráter moral ao homem. Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para os seres humanos. Cada animal simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho etc. É uma narrativa inverossímil, com fundo didático. Quando os personagens são seres inanimados (objetos), a fábula recebe o nome de apólogo. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de preguiçosos.
La Fontaine foi outro grande cultor do gênero, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua "Revolução dos Bichos" (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).
No início do século XXI napolitana escritor Sabatino Scia é o autor de mais de duas centenas de contos de fadas do que ele chama de "protesto ocidental". Os protagonistas não são sempre os animais, mas também as coisas, os elementos da natureza. O objetivo é sempre, como no conto de fadas tradicional, desempenham um detector da sociedade humana.

A CIGARRA E A FORMIGA - ESOPO


A LEBRE E A TARTARUGA - ESOPO 


A RAPOSA E AS UVAS - LA FONTAINE


O LEÃO E O RATO - ESOPO 

Escritores de língua portuguesa que cultivaram o gênero:

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Primavera

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega. Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores. Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende. Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol. Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz. Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação. Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou. Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor. Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág.366x 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

OBRAS DE CLARICE LISPECTOR INFANTIS



Quem pensa que galinha só enche o papo com grão está enganado. Em "A Vida Íntima de Laura" (Rocco, 1999), Laura, a protagonista, não é uma heroína, mas tem esposo, filhos e família. Clarice a apresenta como uma personagem sem méritos especiais. Pelo contrário, diz que a galinha é sem graça, apressada e absolutamente comum. Mas tem uma aptidão especial, a de botar ovos.

A composição da "personalidade" da galinha e a "exposição" de sua vida são formas inteligentes de abordar assuntos interessantes para as crianças.





"Esta história só serve para criança que simpatiza com coelho", diz Clarice Lispector logo no início, como se fosse possível não gostar deles.

Ainda mais se for Joãozinho, um coelhinho de pelo branquinho que, com seu estilo caladão, surpreendeu a todos quando "cheirou" uma incrível ideia "tão boa quanto cenoura fresquinha".
Como todo coelho, Joãozinho franzia o nariz muito depressa quando estava cheirando, ou melhor, pensando em algo importante. Um dia uma ideia lhe surgiu à cabeça: fugir da casinhola de grade de ferro sempre que esquecessem sua comida.
A fuga também serviria para curtir a natureza e fazer novas amizades. Foi então que ele franziu e franziu o nariz milhares de vezes até descobrir um modo de escapar.
A estratégia deu tão certo que Joãozinho nunca mais ficou sem cenouras. Mas gostou da liberdade e, mesmo com comida, farejava um jeito de escapar, deixando a garotada da vizinhança encasquetada: como um coelho tão gordo podia passar por grades tão apertadas?





Clarice Lispector tinha um dom especial não só para escrever histórias como também para ouvi-las. E foi justamente seu cãozinho de estimação que veio contar, com muitos latidos que só a dona entendia, o que rolava no quintal do vizinho. Ulisses, que tinha um olhar observador, descobriu que da união entre a inveja e as más companhias só sai fruto ruim. Foi o que ele viu quase acontecer com uma figueira que dividia o fértil terreno perto de sua casa com galos, galinhas, pintinhos e minhocas.

A árvore, revoltada com sua infeliz vida, resolveu pedir a uma nuvem má que passava pelo quintal para aprontar com os bichinhos. Ela não suportava tanta felicidade à sua volta. Só que a figueira jamais imaginou que o feitiço poderia virar --quase de verdade-- contra o feiticeiro. 






Clarice mal inicia a trama, e confessa o "crime" que cometeu sem querer: matou dois peixinhos vermelhos sem querer. E para explicar como ocorreu, ela escreve --num ato remissivo-- uma história sobre todos os bichos de estimação que já viveram em sua casa, dos que vieram sem ser convidados e foram ficando, e os que ela escolheu para criar, e que foram muitos: uma lagartixa que comia os mosquitos e mantinha limpa a sua casa, cachorros brincalhões, uma gata curiosa, um miquinho esperto, além de vários coelhos.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Alunos Escritores


A professora Marlene do 5° ano  B trabalhou literatura de cordel.Eis aqui a criação do aluno Riandro Souza Lima

Vamos fazer o bem ,
Sem olhar a quem
Os meninos bons,
Também pedem perdão
E por isso com muitas rimas fiz este refrão,
Porque a poesia é a minha opção.

A bondade é o sangue brasileiro,
E também o sangue certeiro
Estou descobrindo a arte da poesia
Com uma professora linda,
Que também é querida,
Trabalhadeira e sofrida.

A literatura de cordel,
Também é legal
Seis linhas são usadas
Com rimas pra dedel
Cordel é do nordeste,
Mas também pode ser do sudeste.

Estou aprendendo brincar com as palavras
Logo quero também escrever um livro,
A arte de ler também é a de escrever
Porque sem  escrever como que vamos ler
E este é o jeito de aprender,

E com a poesia se comprometer.





Andressa


Andressa é amiga de Ana e Sandra
Ana é refinada, uma menina de bom gosto
Apaixonada por André,
E está sempre no seu pé,
Já Sandra é uma líder forte,
Que quando anda é história.
E com esse potencial
Já virou história Nacional


“Ouvi   a primeira história aos três anos na EMEI Madalena Pereira da Silva Martha. A professora leu Cachinhos dourados e já comecei a gostar.Depois disso, não parei mais de me interessar por livros. Meu sonho é publicar um livro.”

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Qual a diferença entre poema e poesia?


No sentido etimológico, poesia vem do grego poiesis, que pode ser traduzido como a atividade de produção artística ou a de criar ou fazer. Com base nisso, a poesia pode não estar só no poema, mas também em paisagens e objetos. Trata-se, enfim, de uma definição mais ampla, que abarca outras formas de expressão, além da escrita.
Já o poema também é uma obra de poesia, mas que usa palavras como matéria-prima. Na prática, porém, convencionou-se dizer que tanto o poema quanto a poesia são textos feitos em versos, que são as linhas que constituem uma obra desse gênero.

fonte:
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/qual-diferenca-poema-poesia-soneto-670485.shtml

TEM TUDO A VER

A poesia
Tem tudo a ver
Com tua dor e alegrias,
Com as cores,  as formas, os cheiros,
Os sabores e a música
Do mundo.

A poesia
Tem tudo a ver
Com o sorriso da criança,
 O diálogo dos namorados,
As lágrimas diante da morte,
Os olhos pedindo pão.

A poesia
Tem tudo a ver
Com a plumagem, o  voo  e o canto,
A veloz acrobacia dos peixes,
As cores todas do arco-íris,
O ritmo dos rios e cachoeiras,
O brilho da lua, do sol e das estrelas,
A explosão em verde, em flores e frutos.

A poesia
-é só abrir os olhos e ver-
Tem tudo a ver 
com tudo. 


Poesia de Elias José, nascido em Santa Cruz da Prata, distrito de Guaranésia, Minas Gerais, é professor aposentado de Literatura Brasileira e Teoria  Literária. Sempre gostou de escrever- fez jornal de escola, poemas de amor, crônica para jornais, contos... e não parou mais.Com mais de 40 livros publicados para crianças, jovens e adultos, Elias José recebeu diversos prêmios, entre eles, Jabuti e APCA. Vários de seus livros foram traduzidos e publicados no México, Argentina,Polônia, Estados Unidos e Nicarágua.


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Se as coisas fossem mãesSylvia  Orthof


Se a lua fosse mãe, seria mãe das estrelas,
o céu seria sua casa, casa das estrelas belas.

Se a sereia fosse mãe , seria mãe dos peixinhos,
O mar seria um jardim e os barcos seus caminhos.

Se a casa fosse mãe, seria a mãe das janelas,
conversaria com a lua sobre as crianças estrelas,
falaria de receitas, pastéis de vento, quindins,
emprestaria a cozinha pra lua fazer pudins!


Sylvia  Orthof  nasceu no Rio de janeiro, em 1932.Ainda jovem, ingressou no Teatro do Estudante, frequentando mais tarde um curso de mímica. Escreveu peças para teatro de bonecos e depois para teatro infantil. Começou a criar histórias para a revista Recreio e não parou mais.Publicou muitos livros , alguns ilustrados por ela própria, e ganhou muitos prêmios.  Sylvia faleceu em 1997, em Petrópolis , Rio de Janeiro.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

RECEITA DE ACORDAR AS PALAVRAS 
"PALAVRAS SÃO COMO ESTRELAS 
FACAS OU FLORES
 ELAS TÊM RAÍZES PÉTALAS ESPINHOS
SÃO LISAS ÁSPERAS LEVES OU DENSAS
 PARA ACORDÁ-LAS BASTA UM SOPRO 
EM SUA ALMA
 E COMO PÁSSAROS 
VÃO ENCONTRAR  SEU CAMINHO"
ROSEANA MURRAY